Amar é não impor condições. É ser livre para ser feliz mesmo
sentindo-se , de vez em quando, aprisionado. É entrega generosa. Não se
amesquinha, porque amar é a escolha de fazer o outro feliz. É comprometer-se
sem garantias, deixando de lado a covardia. É tornar-se, na agonia, indigente
da vida. Amar é tesão pela pele do outro. É descobrir novas posições na cama. É
troca de saliva. Suores e gozo. Intimidade desejada. É encontrar serenidade em
meio aquele aperto no peito que dá pelo medo da perda. Quando o amor deixa de
ser espontâneo e ao invés de somar, subtrai, faz cálculos, soma para depois
dividir, funde a cabeça, tenta encontrar as respostas exatas, deixa de ser AMOR
para virar matemática. Amor é subjetividade e a matemática é pragmática.