sábado, 26 de novembro de 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

a quem interessa
meus versos desconexos
minhas angústias
meus dramas
fracassos e dúvidas ?
a quem interessa
meus amores perdidos
distantes se os
versos que faço
são surrados
sem sangue
sem tinta  ?
a quem interessa
a filosofia rasgada
de cabaré nos
dias sem poesia ?
a quem interessa as
rosas se nada mais
agora faz sentido ?
me diz, olha pra mim
e diz  : a quem ?
me diz : a quem ?

em quantas de mim
terei que me dividir
para de novo
encontrar você
e saciar o
meu desejo
de saber ?
em forma de bruma
numa noite qualquer
me pega na esquina
distraída e se aproxima
manso com suas
asas imensas
cheio de reticências
e sua máscara
de louça
me visita
o vazio
vem a galope
para me infernizar
volto então
a caminhar
pela escuridão
e a sensação de perda
incomoda aflige
tira sarro
perco o rumo
e ele torna a incomodar
vazio da existência
dos mesmos assuntos
medos dramas
amores vagabundos
encardidos
encontrados no lixo
e agora, a quem
reclamar ?
novamente sozinha
ele não está aqui
pra me entender
e me deixou o vazio
como companhia
vazio
de mim
dele
de quem ?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Não quero  mais sentir
 saudade
amar
desamar
sofrer
chorar
não quero
mais  jogar
renascer
para tornar
a morrer
pra quê ?
é  inútil
sonhar
não quero mais
 experimentar
seu veneno
não quero  mais
você em mim

sou tango fora do compasso carro sem direção boteco sem cerveja corpo sem tesão desejo sem vontade violão sem cor...