terça-feira, 30 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Meu coração bate em preto e branco. Cheio de traças e mofos. Passo o dia rabiscando no espelho, com batom. Confusa, espio a rua através da vidraça. A lua, senhora de si, olha-me assustada. No interior do quarto, percebo-me prisioneira de sentimentos antigos. Vidas vividas. Não vividas. Promessas que, ao leve soprar do vento, não se concretizaram. Fico em pedaços. Coberta de hematomas sentimentais. Volto a sentir estranho incômodo na alma. Quero sair de mim e vagar . Rasgar a noite. Abandonar-me na escuridão. E o culpado ? O coração. Sempre pregando-me peças com contornos dramáticos. Deixando-me em frangalhos. Desbotada. Sinto-me sugada pelo vácuo. Tateio na escuridão das entranhas . Antigas imagens bailam nos meus pensamentos. O coração bate. Implacável. Vingativo. Tem prazer de me lembrar que ainda respira, enquanto eu, me desgoverno. Cheia de ranhuras na alma. Tento descansar a mente. O destino ? Ainda incerto. Preciso primeiro aprender a conviver com a ausência. Para só então sair do chão e metamorfosear . Amar e desamar.
domingo, 21 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Um estranho misterioso
roubou meus pensamentos
enchendo meus dias de
vazio e urgências
caminho sem destino
me desconstruo
atormentada por fantasias
sem nexo
adormeço para esquecer
Sonho com um homem
sem rosto, mares bravios
e tempestades de gelo
perco o foco
acordo nostálgica
e sufocada por uma saudade
de uma vida que não vivi
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sou tango fora do compasso carro sem direção boteco sem cerveja corpo sem tesão desejo sem vontade violão sem cor...