domingo, 26 de agosto de 2007


Doce Agonia
Que doce angústia
este amor que tenho
Cravado em meu peito
com um punhal de prata
É uma agonia
um desejo intenso
que inferniza meu pensamento
O mais cruel
é que ao mesmo tempo
é doce e terno
um misturar de sentimentos
E a agonia em si
dá um estranho
contentamento
A maior agonia
porém
é que nunca o tive
nem por um só momento!


Permita-me pegar tuas mãos..
Envolver -te em meus abraços
caminhar por longa estrada
criar laços de amor
....


Permita-me te desejar...
Afagar teus cabelos....
Beijar tua boca
Brincar no teu corpo....

Permita-me te descobrir
Abrigar teus medos....
Envolvendo-te no doce mistério
do meu coração...

Permita-me te conhecer melhor...
Dividir sonhos...
Olhar dentro dos teus olhos
Amanhecer ao teu lado ...

Permita-te ser amado
sem receio do amanhã
que pode não chegar


Permita-te viver
uma história de amor..
Liberte tuas fantasias...
E deixe a vida nos guiar...
Para revelar a verdadeira
felicidade de amar .

Permita-te acreditar






sexta-feira, 24 de agosto de 2007




Nas noites solitárias,
Um dia
pedi um amor aos anjos
Um amor que ao mesmo tempo fosse homem
E menino
Para podermos rir juntos
Virar adolescentes,
Corar o rosto,
Sentir vergonha
E rejuvenescer por fora e por dentro
Eu pedi um amor aos anjos
Não precisa ser perfeito
perfeição não existe
Os seres que se dizem perfeitos
são muito chatos
Monótonos....
E como não sou perfeita
Não vou exigir perfeição do meu amor
Eu pedi um amor aos anjos
amigo
Tranquilo
sereno
inteligente
Sensível o suficiente para me entender
Mesmo que eu não o entenda
Mas entre um desentendimento e outro
Seguiremos no doce sabor de um amor
Eu pedi um amor aos anjos
Nada de água parada
As águas paradas não se renovam
E ele , assim como eu,
precisa se renovar
Crescer
ficar sozinho para se conhecer melhor
Eu pedi um amor aos anjos
Para acariciar....
Deixar sozinho quando precisar
E ajudar quando quisesse meu ombro amigo
Eu pedi um amor aos anjos
Que me fizesse sair do sério
Me enlouquecesse de tesão
Só com seu toque carinhoso
Eu pedi um amor aos anjos
Que pudesse tirar de mim
O que tenho de bom
Os sonhos mais loucos
O sorriso mais puro
Eu pedi um amor aos anjos
Que não me deixasse constrangida ao pedir perdão
Assim ficaria mais á vontade para ser eu mesma
Em pleno flagrante de amor
Eu pedi um amor aos anjos
Que explodisse de vez em quando,
Assim ele também entenderia
Meus momentos de explosão
Eu pedi um amor aos anjos
Mas se ele não chegar antes da minha partida
Nesta louca estrada da vida
Faça ao menos, que pelo menos,
Cruze com ele no meu caminho
Um instante que seja
Juro meu anjo
Vou saber reconhecer
Mesmo que ele não me reconheça
E agradecer por ele existir

Silêncio

Calaram-se todos !
Os poetas já não causam comoção
As rosas murcharam
despetalaram
Onde foi parar a beleza do amor ?
Agora tudo é silêncio
A água da fonte gela meu corpo frio
arrepio.
O coração sangra
Amor
palavra forte
vibrante
Ando
procuro
enlouqueço
Me entrego ao inferno do amor
não correspondido
Onde estás ?
Quero o agasalhar do abraço
Olhar a beleza do lago
encantar
Me emocionar com palavras
com a poesia
Sinto o gosto do hálito quente no meu pescoço
és tu a atormentar minhas noites de insônia
Queres possuir minha alma
Mas e o amor
onde enterraste o amor ?
Que fizeste do sentimento que te dei sem pudor ?
Meus braços te esperam
De repente o medo a tudo paralisa
E o silêncio da minha poesia
Te faz incomodar

domingo, 19 de agosto de 2007


Adeus
minha alma se vai
Renega o amor
E se alia a dor
Adeus
o seu amor
Dispensei
Suas carícias
Chutei
Adeus
agi como idiota
Viverei na mediocridade
Perdida em sacanagem
Com amores Levianos
Ciganos
Irreais
Adeus
a vida já me entreguei !


O que será a morte ?
Senão fechar os olhos
E subir não se sabe
Para onde ?
Quem sabe
Continuar no mesmo lugar
Sem que ninguém perceba
E poder compreender
Os erros que cometeu em vida ?
O que será a morte ?
Talvez nada mais
do que encontrar o que é viver

sábado, 18 de agosto de 2007


Que.....
Se algum dia existiu amor
que por hoje tenha terminado
como o sol de inverno
como a chuva de verão
Que este amor
tenha sido tão casual
como o encontro de saudades
como a brisa na tempestade
Que este amor
não me mate de saudade
não me encha de lágrimas
não exista nunca mais
Que este amor
seja riso mais tarde
seja apenas vaidade
e não seja mais amor
Porque este amor
um dia magoou
e sendo tão magoado
eu digo: nunca foi amor

quarta-feira, 15 de agosto de 2007





Multifacetada...
Doce...
Amarga..
Vou ao fundo
Remexo no lixo interior
Descubro e medro
Sou vulnerável
Não me aquieto
Tento renascer e esquecer
a fragilidade de ser
Sou etérea....
Olho no espelho
Transgrido
Transo comigo
Grito
Alucino
Penso em você
E neste dizer sem pensar
Me desenquadro
Perco o foco
A linha
Me esqueço
E contradigo...
Irrito, sei
Rasgo
Maltrato
Faço jogo
Me rendo ao amor
Não aprendo
Faz mal
Quem sou afinal ?

terça-feira, 14 de agosto de 2007



Amor sedutor
Chega ofegante
Rastejante no trilho
Se embrenha no mistério
da mata
Algoz
Estende a teia
Tece os segredos
Prende
Num pulsar
Ardente
Mistérios a desvendar
Sonhos a consumir
Sorrateiro
Cortante
Sensual
Se vai
Assim como chegou
Eterno
Sofrer
De meu querer
Sedento


domingo, 5 de agosto de 2007




Saudade

Doi a ausência
Machuca
Prendo a respiração
Falta ar
Apetite
Fôlego
Amarga a boca
Naúsea da paixão
Vômito
Vasculho a mente
Procuro
Viro Débil
Sinto falta
Suporto
Sofro
Peito apertado
Meu coração é refractário
Fragmentado
Resisto
Sigo então orgulhosa
Numa saudade
escondida
A mais pura fantasia
De alguém
que tem no nome
o verbo
AMAR

sábado, 4 de agosto de 2007




Sou Louca
Quando me apaixono
Descabelo
Estremeço
Me entrego inteira
Sem receios
Me revelo mulher em contradição
Estado puro
De alma díspare


Dispo segredos
Mostro vísceras
Estraçalho
Passo por cima
Não vejo sinal
Sou assim
Doação

Descarrilo a emoção
Dou nó na razão
Desnudo e me abandono
Sou entrega
Tesão

Persigo o ideal
da paixão
Existe ?
Sei apenas que
quero você
poeta
dentro

de mim

Mutilaram a poesia
Mutilam sentimentos
Versos
Gramática
Amor
O homem tem pressa
É preciso concisão
Querem mutilar a dor
É o mundo fast food
Servido no balcão
do sexo vulgar
Ligeiro
Descartável como o ser humano
Muitas bocas pra beijar
Há vitrines de ansiedades
Relacionamentos avulsos
Orgasmos em tempos reais
Virtuais
Suprimam palavras
Vigiam paixões
Impõe modelos
Falta tudo
artigo
adjetivo
advérbio
Verdades
Sobra vazio
Solidão
Fome de compreensão
A morbidez invade
a programação da vida
na tela
Tira o tédio
Escapa o ócio
O coração arrefece
Quero fugir
Antes que mutilem a mim




NOITE


Dia morre
Noite chega
A ausência doi
É cortante
Madrugada me invade
Penso em você
A pele transparente
macia
Passeio em fantasia
De um jeito displicente
Sai razão
Entra emoção
As horas passam
melancólias
Atravesso a trincheira do desejo
Dispo a alma
Entregue em sonhos
Me acendo em brasa
Anseio pelo corpo nu
pedaço de carne
cheiro de homem...
Imagino detalhes
Mãos esculpidas
Coxas letais
Apetite voraz
Causo reboliço na alma
Me perco no imaginar
A claridade namora a madrugada
A noite empalidece
O sol se alastra quarto adentro
Fere os olhos
Recolho os devaneios
Desfaço fantasias
Emoções
Vou ao espelho
visto a alma
Me pinto
Batom
Rimel
Sombra
Blush
Saio para a rua
É dia



¨Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo./ /Porque os corpos se entendem, mas as almas não."
Manuel Bandeira
Desejos
Noite suculenta. Cheia de promessas. Lua reflete no mar prateando inspiração. Espero . A brisa outonal passeia em meu vestido vermelho fazendo cócegas nas pernas torneadas. Piso macio. As folhas secas lembram a beleza e o amadurecimento da estação. Época de transformação
Seios carnudos e apetitosos são convites a confissões de amor. Olhos de rara beleza cintilam esmeraldas a procura dos seus. Se encontram. A boca carnuda confessa carícias eróticas . Sirvo-me numa redoma de cristal . Abraçados caminhamos em direção ao embate.
Cumpriremos embaraços. Contentaremos inquietações .
Mãos delicadas e dedos longos ,percorrem minha blusa, desabotoam meu sutiã e num pulsar frenético buscam meu sexo. Os seios estremecem ao contato das mãos . Entumecidos. Energéticos. As coxas se abrem em delírios. Fenda de mistérios e prazer. Delicio-me e escorrego pelos lençóis, abandonada numa doce sinfonia de satisfação e cumplicidade. Envolvo-me em braços trêmulos de desejo . O vinho que outrora preencheu a sede de fantasias carnais, repousa ao lado, deserto nas taças.
Misturo a pele numa combinação de purificação e vontade. Saciedade. Abro a luxúria . Nossos corpos têm a mesma dança. Encontro de vibrações cármicas. Entrelaços . Desejos afins . Volúpia de encantos.
No balançar ora suave, ora frenético de formas geométricas, o quarto emite odor de tempero sexual. Ondas alucinantes de eletricidade perfazem o caminho traçado pelo prazer de corpos extasiados mas ainda famintos de carícias. Ébrios de curiosidade . Violinos alucinogénios tocam a doce melodia do amor.
Nada mais a dizer. A água quente passeia no corpo esculpido pelo prazer. Percebo que, ainda entregue ao gozo noturno, busca respostas. Não há entendimento. Giro a chave . Parto. Caminhas preguiçoso até a janela . O quarto na penumbra, clareia. Observas-me dobrar a esquina . Sente ainda o cheiro do favo do prazer nas mãos. Extasia-se . É o meu odor a impregnar as narinas do querer pulsante. Resta a lembrança de meus cabelos molhados . Nas noites solitárias povoam delírios e desejos contidos. Nunca mais nos tivemos.

sou tango fora do compasso carro sem direção boteco sem cerveja corpo sem tesão desejo sem vontade violão sem cor...